Balada dos quatro ventos - página 18 ss - Marigê
CADÊNCIA A noite campeia. A noite campeia com um laço de vento, rédea de estrelas. A noite campeia os desvairados sonhos perdidos que fogem, devoram as claras vigílias. A noite campeia. Que aperte em seu laço, desejos sem dono - tão longe estão que mais se assemelham a vagos luares. Que aperte em seu laço, não importa se então os vagos desejos, luares sem dono, sejam levados às terras marcadas dos sonhos inúteis. Que a noite campeie. Marigê Quirino Marchini Balada dos Quatro Ventos São Paulo, 1956. página 18 ... ...